16/05/11

not there yet

Não há nada como escrever (de novo) à meia luz esbatida e gasta do meu candeeiro de pé, aceso ali atrás. A nostalgia de quem sabe o que quer, piano e palavras. O fumo de tabaco a pairar a conversa. Grandes certezas de que há possessão de verdades absolutas e claros pensamentos estruturados sobre as vivências que nos obrigam ao choque contínuo. Gostava de te conseguir estratificar, sequenciar e até planear assim, numa folha amarela do tempo. Ver-te assim, simplificado. Perceber como realmente és e se realmente és capaz de uma mudança que cada vez mais, parece repetida e oca aos meus ouvidos. Se calhar é verdade que não mudamos. Devemos ter que voltar ao que nos habituamos a ser há muito tempo atrás. Uma necessidade de regressão, como que botão de processo de reiniciação, que nos permita subir degraus (já subidos) para voltar a sentir qualquer coisa que se sobreponha minimamente ao choque. Costumam chamar-lhe de felicidade. We are not there, yet!

02/05/11

so sorry


Confesso que a última vez foi demais e intenso. Confesso que ultrapassei a minha margem de segurança. A margem que era constituída pelo término dos dois lençóis separados e que nos faziam o mesmo. Sei que me auto-destruí mas tenta compreender, foi o medo que me fez ser sincero e avançar. Foi bom a lentidão com que me instalei perto de ti. Membro a membro. Sentir-te de novo perto, tão perto que quis sentir o teu coração no meu e mesmo assim não o consegui fazer. O medo. O medo que acompanha a frustração de quem erra. De quem deixa ir o que não deve e de quem não consegue remediar o que fez. O medo que é culpa e desafio. Queria-te. Quero-te. Ouvi-te. Não te posso incomodar mais! Tal como me disseste: fui tarde demais. 
You should be a part time Lover
and a full time Friend