25/01/12

Há por vezes certas certezas sobre o que me espera. Já ao fim do dia e à madrugada me sento a escrever com um enviesamento do pensamento exausto e áspero. O atrito ensurdece e os pequenos prazeres enraízam-se ao chamarem por mim. Invoco melancolias na recordação e a minha alma assegura-se, dolorosamente, da amplificação dos pequenos laivos de simplicidade que tenta absorver e que psicoticamente tenta recordar e catalogar a propósito. O caótico diurno não encaixa a estas horas e a inquietude instala-se! O pensamento deixa de doer e de existir. Começa o desenrolar de letras e a tentativa frenética de me organizar. Hora de destruição e catarse em que me quero prolongar e fazer com que não amanheça mais. Afinal, tenho medo de não querer (simplesmente?) lutar mais por aquilo que à noite não me faz sentido.

1 comentário:

Simone Oliveira disse...

bom é vir aqui, ler tudo isto 2, 3, 4 vezes e sentir-me bem. Provavelmente escreves sobre ti, ou sobre alguém dentro de ti, ou sobre alguém perdido no mundo, ou até talvez sobre alguém que não existe, mas ás vezes sinto que escreves sobre a minha vida.
É um dos lados bons de ler os outros..é encontrar palavras, frases, e textos onde nos vemos lá amarrados. É talvez um dos motivos para gostar de te ler. É encontrar-me um bocadinho. Ou perder-me. Tanto faz.

Obrigado por isso.