Esfregava os meus pés na terra e no meio das folhas húmidas e castanhas. Era puro Outono e os teus olhos não o conseguiam esconder. Dançavas na ondulação do tempo e despreocupada procuravas sorrir-me. Tiro-te da minha mente. Desta vez é para sempre! Prometo-te. Apareces de vez em quando e despertas mim eixos misteriosos que imprudentemente decido explorar. Quando te enfrento, quero embrenhar-me e aconchegar-me em ti por mim. Sinto-te corrosiva, degradante, fútil e oca. Sinto-te de muitas maneiras. Não sei! Sinto-te. Decido voltar para dentro e calço-me. A tocar na minha pele, volta o calor do espaço. Madeira e vidro, quadrada e arquitectonicamente combinados. O cheiro químico das tintas a inundar as minhas narinas. Olho para as minhas mãos e, ainda com pedaços de tinta da noite anterior, pego no cabo do pincel para o fazer mergulhar nas borras coloridas que estão em cima da mesa.
É prazer! A textura e o mergulho.
A resistência e a fusão.
À tela desfaço-me em fragmentos dissociados que coram todo o cenário.
No meio do vermelho e amarelo permaneço fiel. À tua espera.
À espera que me movas. Que me desloques para longe, para a mistura.
wait! did i ever had you?
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