Sentado, prostrado às ressonâncias claras e perfumadas da tua acidez melancólica. Da tua água gelada sobre olho vítreo da minha esperança. Hoje, e logo hoje, que cheiro a lençóis diversos e a suores escondidos mostras-te que nem bala de borracha para a minha pele pisada, e já não só por ti. Hoje desarranjas o vácuo em que me organizei na tua ausência. Hoje quebras-me de novo e, volto a amar-te.
5 comentários:
"Hoje desarranjas o vácuo em que me organizei na tua ausência. Hoje quebras-me de novo e, volto a amar-te." céus, foi exatamente assim que me senti ontem quanto um certo pássaro cruzou o seu voo com o meu. só não soube como dizê-lo em palavra, obrigada por o teres escrito.
brilhante escolha e articulaçao entre e com as palavras, quase como se brincasses com elas. gostei muito!
a sua irremediável paixão será sempre o inverno mais rigoroso. o amor entre estações diferentes era um paradoxo que a natureza não podia permitir, ao que parece...
Não queria sair daqui sem te seguir, afinal gostei imenso da tua caligrafia melodiosa, afinal soas-me como se eu estivesse dentro das palavras.
Onde te sigo? Não encontro.
Um beijinho,
gostei do teu espaço,
pensando com arte.
belo, e tão próprio. Irremediavelmente comum... escreve mais.
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