10/06/11

Pouso-te no lugar devido, arrumado aos meus critérios. Sinto a mesma ânsia de escrever em letra miudinha e a carregar bem na caneta até aleijar os meus dedos. Sinto que te tenho de riscar de mim. Cortar-te a palavra. O caos voltou a chegar e eu não estou pronto para mais. Quero, mas não estou pronto. O abstracto, o provérbio ensinado e a contemplação do teu olhar já não me preenchem. Há vácuo que não quebras e fissuras que não sugas. Remodelo-me segundo as tuas forças e definho-me ao ver que, no fundo, morre o que era natural e espontâneo de mim. Como árida onda a estalar as lamas. É assim que me fazes sentir.

8 comentários:

Anónimo disse...

sabes, acho que devias escrever mais :)

Maria disse...

Sabes, é das letras que mais me diz algo. Somos mesmo criaturas do vento, somos mesmo efémeros e somos mesmo assim: partículas que vão e vêm e que por vezes se perdem de uma forma terrível. Não fazes ideia do quão bem me sabe ouvir isso. E também eu, aqui deste lado, admiro o que escreves. Gosto muito, muito.

Mafalda disse...

Gosto muito*

Sahaisis disse...

Muito bom, parabéns...;)

Nádia disse...

Admiro a tua escrita!

Descobri agora o blog, estou a seguir!

http://myfashioninsider.blogspot.com/

Maria disse...

Talvez fosse mais bonito pensar assim, sabes? Que a paixão derreteu o amor até então resguardado e prensado em gelo. Mas temo que não tenha sido isso. Temo que apenas, como em tantas outras coisas na vida, o desencanto decidiu abeirar-se do olhar dele. Efémero, sempre efémero o que sentimos.

Maria disse...

rendi-me ao teu blog

Mafalda disse...

E a minha pergunta é: o que é acaso? (neste sentido do motivo)