18/02/13


Refugiei-me em letras de ciência. Confortável na ideia de que a necessidade de pensar em ti não chegaria e que até me pudesse ter abandonado. Mergulhado no bizarrismo de técnicas e pragmaticismo, dei-me a consumir em teclas de arame. De cobardia com a minha alma – que se quer regenerar- costuro-a a pontos de cirurgião aos pedaços quebrados que deixaste em mim. Não os costuro entre si. Porquê? Hoje que regresso ao frio, gostava de saber que por baixo da tua pele há cor. Que há lama de canela e teclas de piano quebrado pelo meu amor. Do tempo em que te quis saber. Do tempo em que quis reaver o que com que te infiltrei, o que consumi, e tudo o que perdi de mim nos teus mundos cegos e de amor.

05/02/13


Gostava de ser corajoso o suficiente para me declarar inapto ao amor.
Corajoso o suficiente para deixar de sentir a alma desconfortável sempre que te vejo.
Já tanto passou e mesmo assim...ficas-me sempre com as palavras.